domingo, 13 de novembro de 2011

SAPE - Nazaré Pta-SP e um sábado à tarde (17,18 e 24 de set/2011)

Associação Desportiva Vila das Palmeiras

Coluna dos Velhinhos – Edital ADVP-010/2011

SAPE – NAZARÉ PAULISTA-SP e TOCA DO CURÃO

17, 18 e 24 de setembro de 2011

Não deu tempo de acalmar o entusiasmo e nem tempo deu de esfriar os anzóis da turma da “Arca de Noé” e, novamente a velharada da Associação Desportiva Vila das Palmeiras voltaram a se reunir fora do Pub da Castro Alves. Desta vez a marujada trocou o barco pelo barranco, o pintado pelo lambari e o capitão de fragata pelo Marechal Sertanista. O nosso professor de história, geografia e sertanista Marechal Charoles Rondon (subiu de patente). Que honra! Isso está parecendo incursão ao sertão, como fez o Marechal Cândido Rondon.

Candido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon (Santo Antônio do Leverger, 5 de maio de 1865Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1958), foi um militar e sertanista brasileiro.

O local escolhido foi ás margens da represa que leva o nome do município de Nazaré Paulista, SP, fundada em 1676. Marujo que é marujo não fica longe da água e nem sem colete salva vidas. A turma do “psiu” não foi com muita gente. Cremos que o local onde esse grupo se alojou se transformou num SPA. Também! Para se recuperarem da jornada ao Pantanal. Alguns se inscreveram na caravana para esse referido local, que tem como diretor adjunto o Mazola e diretor adseparado o Curão. Já o financeiro, ah! Esse seguiu viagem para mais longe. Como tem férias esse Risadinha hein! O soneca do bote não pode ir. Não tem mais fôlego, gastou tudo que tinha direito. O pessoal que tinha motores Flex e Flex Power, alguns estavam com alvará vencido. Já o “Supapau-aci” (Mesquita) foi lá para o rancho e fumou o cachimbo, digo o charuto da paz com o “Marechal”. Algum acordo com o Sertanista baiano ou era para espantar os pernilongos. Ah! Se estivesse lá à turma do camarote quádruplo do Veneza! Esses pernilongos iam se ver em apuros. O que se sabe é que foi somente um atirador de elite.

No sábado, lá na toca do Curão os cavaleiros da “Távola Redonda” se reuniram para saborear uma carne assada feita no bafo, falar de futebol, de viagem e, aí quando demos conta, chegamos a Serra dos Aimorés, MG. Isso há uns anos pratrasmente como diria o prefeito e personagem da novela “O Bem Amado”, Odorico Paraguaçu. Claro lembramos de Dona Maria Campos, a protetora dos “Trapalhões de Guarulhos”.

Desta vez foi só um petisco dos fatos que chegaram à redação. O enviado especial de plantão esqueceu papel e caneta. A especialidade do nosso paparazzi é o Pantanal.

“Só há duas coisas infinitas: O Universo e a Estupidez Humana,

mas não estou muito seguro da primeira. Da segunda pode-se

observar como nos destruímos só para demonstrar quem pode

mais.”

(Albert Heistein)

Sob influência do positivismo, Rondon fez seu credo:

"Eu Creio:

Que o homem e o mundo são governados por leis naturais.

Que a Ciência integrou o homem ao Universo, alargando a unidade constituída pela mulher, criando, assim, modesta e sublime: simpatia para com todos os seres de quem, como poverello, se sente irmão.

Que a Ciência, estabelecendo a inateidade (sentimento nato) do amor, como a do egoísmo, deu ao homem a posse de si mesmo. E os meios de se transformar e de se aperfeiçoar.

Que a Ciência, a Arte e a Indústria hão de transformar a Terra em Paraíso, para todos os homens, sem distinção de raças, crenças, :nações – banido os espectros da guerra, da miséria, da moléstia.

Que ao lado das forças egoístas – a serem reduzidas a meios de conservar o indivíduo e a espécie – existem no coração do homem: tesouros de amor que a vida em sociedade sublimará cada vez mais.

Nas leis da Sociologia, fundada por Augusto Comte, e por que a missão dos intelectuais é, sobretudo, o preparo das massas humanas: desfavorecidas, para que se elevem, para que se possam incorporar à Sociedade.

Que, sendo, incompatíveis às vezes os interesses da Ordem com os do Progresso, cumpre tudo ser resolvido à luz do Amor.

Que a ordem material deve ser mantida, sobretudo, por causa das mulheres, a melhor parte de todas as pátrias e das crianças, as pátrias do futuro.

Que no estado de ansiedade atual, a solução é deixando o pensamento livre como a respiração, promover a Liga Religiosa: convergindo todos para o Amor, o Bem Comum, postas de lado as divergências que ficarão em cada um como questões de foro íntimo, sem perturbar a esplêndida unidade – que é a verdadeira felicidade.”

Pescaria - Pantanal Matogrossense-MS (26/08/11 a 02/09/11)

Associação Desportiva Vila das Palmeiras

Coluna dos Velhinhos – Edital ADVP-009/2011

PESCARIA – PANTANAL MATOGROSSENSE-MS

26/08/2011 a 02/09/2011

PARTE – I (A TABERNA, O CARRO MADRINHA e O CAPITÃO)

A história traduzida por Antoine Gallano (1645–1715) do livro “As Mil e Uma Noites”, que tem o título de “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, ganhou uma versão brasileira, só que com outro nome: “Ali Bebe no Curão Quarenta Gordões”. Bem, têm uns magrões, grandões e comilões também. O nosso ponto de encontro, temporariamente passou a chamar-se; “A Taberna do Rubão”. Sob a regência é claro do nosso amigo Rubão, que no sábado estava todo garboso desfilando com seu tênis importado que ganhou. Pra começar a garrafa de cerveja passou a custar R$ 1,50 mais o conteúdo líquido da mesma, R$ 2,50. Chegamos ao preço justo de R$ 4,00. Essas promoções sempre acontecem quando o velho Rubão assume a taberna.

Entre os dias 26 de agosto e 02 de setembro, a Taberna do Rubão ganhou ares de armazém de cidade pequena do interior. O gato ronronando junto à soleira, o cachorro bocejando, o movimento estava aquém do esperado. Tudo pacato. É que o pessoal da “Arca de Noé”, tomaram rumo do Pantanal Mato-grossense para a tradicional aventura pesqueira. Seguiram de avião até Corumbá, MS e depois foram de barco hotel pelo Rio Paraguai rumo ao norte. Cada vez mais esses “Piratas do Caribe” inovam. Enviaram dias antes, uma dupla de batedores para a devida inspeção de território. São eles Zangado e Risadinha. Essa dupla tem currículo. Um deles fez parte da missão especial na viagem a Serra dos Aimorés, MG em setembro de 2009. Lembram-se da turma do “autorama”? O outro é aquele da “Janela de Moisés”. Essa estratégia é coisa do comandante da expedição, “Sir Charoles James Cook”, que a bordo do “Venesa” singrou pelo Rio Paraguai. Esse é o nosso, “Capitão de Gravata” da cidade grande que se transforma no “Capitão de Fragata” quando singra em águas pantaneiras. E ao assumir o referido posto, mandou ver pra cima da marujada. E sem muita bravata o nosso capitão ordena ao seu imediato: “Soltem as amarras, icem as velas, recolham a âncora, vamos zarpar”. Aquilo ecoou pelos ares, pomares e patamares. No momento seguinte o imediato fala ao pé do ouvido de seu capitão: “Senhor esta embarcação é movida com um motor diesel MWM seis cilindros 229 turbo com cento e oitenta cavalos de potência”. “Ta esperando o quê imediato?” Retruca o Capitão: “Soltem as rédeas e estalem o chicote, vamos galopar”. E lá vai uma barca bem longe se vai, navegando no remanso do rio Paraguai. Rio esse que em Guarani significa “um grande rio”. O rio foi assim denominado pelos Guaranis e Kaiowás antes que ocorresse a fundação e denominação do país Paraguai. Quis conversa, diria um chegado nosso lá de Serra dos Aimorés, MG. Embarcações não são guiadas ou dirigidas, e sim governadas. Timoneiro (gobernator) em latim..

Sir Charoles James Cook acionou a marujada para os afazeres no barco, a saber: Pescar, comer, beber, dormir e pescar, comer, beber, dormir e outra vez...

O nosso enviado especial, que seguiu junto com a delegação dos velhinhos da “Arca de Noé” para o Pantanal Mato-grossense, nos enviou por e-mail uma lauda que tinha quase uma resma de folhas de papel tipo A4.

Segundo nosso paparazzi de plantão, devidamente autorizado pela nossa redação, nos enviaram fatos, relatos, fotos e pipocas sobre o passeio da turminha da terceira idade (vão dizer que não são?). Mordomia, alegria e fartura foram o que mais teve na viagem. É isso mesmo, nossos velhinhos têm mais que aproveitar e da melhor forma. Mas apreciem com moderação. Se for pescar beba. Se for beber pesque. Mas use o colete. Aliás, teve um que dentre uns duzentos só desfilava nesse tal colete.

Depois da “estafante” viagem ao Pantanal Mato-grossense, o que não faltou foram as narrativas e detalhes dos nossos marinheiros pescadores. Portanto aconchegue-se no seu sofá e leia as peripécias da viagem. Senta que lá vem história...

PARTE – II (A CAMINHONETA)

A caminhoneta “vermelho bombeiro”, a pick up mais conhecida da fronteira era pilotada por Zangado e Risadinha. Que seguiram até a cidade de Bonito-MS, para as merecidas férias. Detalhe a temperatura beirava os 8° C. Depois de acomodados, a dupla seguiu para a fronteira entre Brasil e Bolívia. Aí o bicho pegou. Segundo “Alain Prost” (Risadinha), seu parceiro saía das lojas com tanto pacote nos braços, que até parecia uma centopéia. Quanto braço! Ou seria perna? Os dois quase que foram barrados no baile. Pudera, o limite de compra estava estourado e o policial indagou de quem eram as caixas com tênis e demais objetos. O Risadinha calado, abriu a mão e em seguida fechou-a deixando em riste somente o dedo indicador apontando para seu parceiro de equipe que teve que se explicar para a autoridade. Depois das devidas explicações, ganharam um salvo conduto para caso alguém questionasse. E assim chegaram são, salvos e cheios de compras.

O “pássaro de aço” acabara de pousar em Campo Grande-MS. Vindo de Guarulhos-SP e os velhinhos desceram todos eufóricos e logo foram liberados de suas bagagens e seguiram rumo ao mercado municipal para saborear pastel de jacaré e o chope. Depois em outro pássaro menor alçaram vôo até o aeroporto da cidade de Corumbá-MS e daí para o “Veneza”.

PARTE – III (A BORDO DO VENEZA)

O Veneza é um barco com capacidade para 16 pessoas mais sua tripulação. A cozinha era bem administrada pelo “Chef” baiano. Uma espécie de Tio Moacir Careca, auxiliado por Luis, um professor de boas etiquetas. Eram muito eficientes essa dupla que trabalhavam pra caramba.

Já devidamente instalados a bordo do barco “Veneza”, este seguiu rio acima durante vinte e quatro horas até o local de pesca. Aja bebida, comida e alegria para esses caras. Agora vamos aos relatos da viagem.

Teve pescador trocando maionese por maisena. Também tiveram outros andando com motor “Flex” e “Flex Power” que nunca deixavam seus tanques vazios. De tempos em tempos sem deixar passar muito tempo, lá iam encostando-se ao posto do Veneza para abastecer. Usavam vários tipos de combustível. Estavam parecendo com um Maverick V8 e Dodge Dart. Aliás, será que os demais não abasteciam também no mesmo posto? E seus motores também não eram Flex? Havia Buick, Ford Galaxy Landau, Oldsmobile, Lincoln, etc, etc, etc. Teve um que utilizou combustível adulterado vermelho e deu pane no escapamento. Coitado. Quando o cansaço chegou, aos poucos nossos vetustos se recolhiam aos seus camarotes. Segundo nosso enviado especial, o mais barulhento, trepidante e com pescadores soltando flatos para tudo que era lado foi o do camarote quádruplo, também chamado de pavilhão nove. O barulho do ronco dos caras que lá estavam alojados, só era superado pelo motor estacionário do Veneza. Isso lembra o filme “Os Canhões de Navarone”, de 1961, com Gregory Pack, David Niven, Richard Harris e Antony Quinn de 1961. Pernilongo só passava perto com traje espacial e se fossem em missão especial. A situação era de lascar. E a camada de ozônio como fica nessa?

Quem saiu na frente na pescaria foi o amigo do comandante Ailton. O Magrão estava em segundo lugar, seguido pelo André, que com as aulas dadas pelo Magrão, pescou até Dourado. Mas durou pouco a festa dele. Bob filho (Rogério), acabou pescando um belo exemplar e consequentemente ganhou o troféu. Teve piloteiro que tomou peixada na cabeça. Tem que usar capacete.

O vermelhinho da areia estava todo feliz por ter conseguido um grande e belo peixe da fauna aquática do Rio Paraguai. Porém, foi para sorteio o seu exemplar e acabou caindo no puçá do Charoles. Coisa dos “reds”. Fim de pesca.

As duplas estavam assim distribuídas nos botes: Curão e Wilson Tapera, Mauricio e Gerson, Manézinho e Batu, João Parras e Sidão, Ramiro e Datena, Arno e Camargo, Magrão e André, Fernando e Rogério. Para você conhecer aonde foi, entre nos seguintes sites: www.venezatur.com.br e www.portosaopedro.com.br.

PARTE – IV (BISSOLE)

Depois das devidas providências tomadas pelo Arno, no dia seguinte já estavam todos juntos novamente e seguiu-se a viagem. O ocorrido fez cada vez mais unido o grupo, o que pesou neste caso foi a integridade física e o restabelecimento do nosso amigo Bissole. Temos muito que aprender com o Arno. Pela sua atitude, preocupação, respeito e responsabilidade para com o Roberto Bissole e sua família. Agradecemos a você por fazermos parte do seu rol de amigos. Acredito que se fosse com qualquer um de nós o tratamento e atitude seria o mesmo. É o exemplo a ser seguido. Nosso ex baiano, agora cidadão guarulhense. Um homem medido por suas atitudes e virtudes. A pescaria poderia ficar para qualquer outro dia. Ao nosso amigo Bissole desejamos sua pronta recuperação para que logo possamos estar juntos novamente.

(Manézinho)

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele”.

Ou por sua origem, ou sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender.

E se podem aprender a odiar, pode ser ensinado a amar,

Pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

“A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.”

(Nelson Mandela)